Primeiros passos
Primeiramente, um bom momento, caro leitor. Hoje darei o ponta pé inicial nessa jornada que espero que seja promissora não só para mim, mas pra você também.
Eu queria dedicar este primeiro texto justamente ao processo de criação desse ambiente, que apesar de simples foi uma coisa nova para a minha pessoa. Assim, eu tive um Blogspot aos 12 anos em que o banner era a logo do Chicago Bulls, mas acho que isso não conta, né. Por isso considero este aqui, o meu “Olá mundo!”
A escolha da ferramenta
E eu tava na seguinte situação: precisava de um site, estático e se possível escrever os textos usando Markdown porque aí consigo fazer as coisas direto do meu amado editor de texto, o Emacs.
E há um tempo atrás um amigo veio me pedir uma ajuda pra fazer a mesma coisa e lembrei de uma ferramenta que encontrei quando estava imerso no mundo do Go e era muito bem falada, que é o Hugo. Mas calhou que ele se resolveu por outro caminho, o que é compreensível. Apesar de ser relativamente simples, acredito que o uso da ferramenta tem uma curva de aprendizado considerável dependendo do seu nível de afinidade com configurações baseadas em arquivos de texto e com o próprio Git.
Esse site todo, como vocês podem checar no canto esquerdo da tela lá embaixo na barra lateral, está usando o Hugo e um tema (que foi um achado enorme e escolhido pela minha companheira. Obrigado, Debra!).
Utilizando a ferramenta
A verdade é que eu fiquei bem feliz com a experiência e os primeiros passos com o Hugo. Não achei que fosse tão simples, apesar de ter quebrado a cabeça em alguns momentos até entender como estruturar o projeto (e o tema adiciona um certo grau de complexidade nisso).
Tendo entendido como deveria estruturar o projeto, fiz alguns posts de teste e a página Sobre foi a minha cobaia principal. Uma coisa que não gostei foram as caixas de comentários. E isso é uma coisa que soa bem autoritária, mas apesar de querer compartilhar as minhas aventuras aqui e gostar de receber feedbacks, acho que a configuração disso tudo ia desviar um pouco do propósito principal disso. É por isso que deixei meu twitter e github. Confesso também que um outro motivo que pesou foi o fato de que a chance de eu esquecer de ler os comentários é relativamente alta, então resolvi manter sem os comentários.
Mas por favor, se quiser mandar feedback, à la vontê!
A outra alteração que fiz foi remover o menu de idiomas, visto que quero fazer esse projeto todo em português e também uma barra pra compartilhar os posts, que achei bem feia e distraia bastante.
Disponibilizando o conteúdo
Há alguns meses atrás, enquanto estava fazendo um projeto em Elm (uma experiência muito legal, inclusive), resolvi fazer uma pokédex porque afinal, quem não gosta de pokémon, né? Enfim, em alguma noite eu resolvi que queria aprender como disponibilizar o meu projeto e bem, tirando o fato de que fui dormir às 4 da manhã nessa noite, tudo correu bem.
Nesse dia eu também resolvi comprar o meu domínio, o <jpedrodelacerda.com>. E assim o fiz.
Domínio e projeto em mãos, faltava a última parte: onde hospedar o site?
A escolha do Netlify
Eu não me lembro ao certo como esbarrei nesse site a primeira vez, talvez tenha sido por indicação do mesmo amigo que eu indiquei o Hugo, mas isso não importa muito. Fato é que o Netlify me fez brilhar os olhos, porque parecia ser uma solução perfeita pro meu problema: consigo manter 3 projetos no plano gratuito e ele já tem um sistema de CD (entrega contínua).
No caso de sites estáticos como esse aqui, entrega contínua nada mais é do que deixar alguém observando o repositório e, dependendo do tipo de mudança, e atualizar os arquivos no servidor.
E de fato, foi uma experiência muito legal também. Fiquei surpreso quando vi que eles já cuidavam dos certificados de segurança, um quase-brinde muito bom porque mesmo sem a necessidade de um certificado naquele projeto, eu queria fazer porque não gostei da ideia de disponibilizar um site, com interação (uma única: inserir o nome ou o número do pokémon. rs) sem essa camada de proteção.
Lembrei agora da minha reação ao ver, no treinamento do GRIS, lá em 2017, que a comunicação com sites desprotegidos era um telegrama não lacrado, onde qualquer pessoa que tivesse acesso ao pacote podia apenas abrir o pacote e ler o conteúdo (inclusive as suas credenciais!). Fiquei cismado com isso desde então.
No fim, consegui fazer o deploy do meu primeiro projeto sem muita dor de cabeça. A PokÉlm segue firme, forte e segura (e com algumas teias de aranha).
Com o Diário de Bordo não foi muito diferente, a documentação do Hugo tem um passo a passo bem explicado e o processo não é tão complicado assim. Se você copiar o arquivo que netlify.toml
que eles disponibilizam, a chance de não funcionar, acredito eu, é bem alta.
Conclusão
Sim. Clichê esse ‘conclusão’, mas eu acho que é isso mesmo que quero fazer nessa parte já.
No fim das contas, consegui fazer o site que precisava e consegui entender qual era o caminho das pedras. Certamente a minha escolha não é perfeita: apesar do uso de markdown ser excelente, algumas coisas mais complexas devem ser resolvidas via CSS.
Fiquei feliz com o resultado. Espero que você também fique.
Obrigado pela atenção e até a próxima!